Expo’98 25 Anos – Os desafios

Escrito por Diogo Freire de Andrade

 

“A Expo 98 deixou um legado importante para Lisboa e para Portugal.”

 

 

Fez no dia 22 de Maio 25 anos que abriram as portas da Expo’98.

Onde antes existia tristeza, abandono, poluição, hoje existe bem-estar, beleza e futuro.

O tema da Exposição era “Oceanos – Um Património para o futuro” e destinava-se a comemorar os 500 anos do descobrimento do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama.

Na verdade, a Expo 98 deixou um legado importante para Lisboa e para Portugal. Além de ter revitalizado uma zona da cidade que estava abandonada e poluída, contribuiu para valorizar a imagem do país no exterior e para sensibilizar as pessoas para a preservação dos oceanos e da biodiversidade marinha.

A regeneração produzida foi de tal ordem positiva que ficou como um “case-study”, um sucesso urbanístico, uma nova localização da cidade de Lisboa, com qualidade, diversidade e ligação com o rio que tanto faltava à cidade de Lisboa.

Foi também um dos maiores investimentos feitos no país. Começou com uma exposição mas foi muito mais abrangente com a construção de vários equipamentos ainda hoje essenciais à cidade.

Desde 23 de março de 1993, dia da criação da Sociedade Parque Expo 98, S.A que a Expo’98 teve desafios constantes:

  • Acabar a exposição a tempo, de facto as expetativas eram grandes, com os mais céticos a dizerem que não iria estar terminado a tempo e tudo estava preso por cordéis.
  • Fazer com que a exposição fosse um sucesso, ninguém poderá negar que a Expo’98 foi um êxito. A Exposição durou 4 meses e uma semana e foi visitado por mais de 10 milhões de pessoas.
  • Aproveitar os edifícios que foram construídos, ficaram para a população desfrutar vários edifícios emblemáticos, o Oceanário (hoje o 2º edifício mais visitado em Lisboa), o Teatro Camões, o Altice Arena, o Pavilhão de Portugal, a FIL, o Pavilhão do Conhecimento, a Gare do Oriente e um vasto espaço público que os portugueses desfrutam todos os dias.
  • Fazer com que o “day after” fosse uma realidade positiva, o Parque das Nações, como ficou conhecido o local da exposição após o seu encerramento, é hoje uma das áreas mais dinâmicas e procuradas da cidade, com espaços verdes, culturais, comerciais e residenciais.
  • Pôr em prática os estudos urbanísticos para o território, cumpriram-se os Planos de Pormenor projetados para a Zona de Intervenção, neste momento o Plano de Urbanização está quase completo e consolidado.
  • Conseguir comercializar os terrenos a investidores privados para habitação, comércio e escritórios, estava previsto que as vendas de terreno fossem concluídas em 2010 mas em 2001 a comercialização já estava terminada.
  • Tratar do território no pós-expo, passou a ser gerido pela Câmara Municipal e Junta de Freguesia e melhor ou pior tudo está ser tratado e há a noção do que há a fazer.
  • Manter a qualidade urbana no futuro, está nas mãos dos responsáveis pela cidade e pela junta a próxima tarefa de manter a qualidade em níveis altos que toda a gente se habituou.

Na verdade todos os desafios aqui enumerados foram superados, a Expo´98 é uma realidade!