Vulcões: Desistiram?

Uns dos ex-líbris do Parque das Nações que ficaram da Expo’98 foram sem dúvida os vulcões de água da Alameda dos Oceanos.

São 6 no total, 3 a sul do Centro Comercial Vasco da Gama e 3 a norte.

Segundo a Memória Descritiva dos projetistas “Estes emblemáticos “vulcões” do Parque das Nações são 6 cones com uma altura de 4 metros com jogos de água que se repetem em cada 25 segundos num total de 1.600 erupções de água por dia. Estas erupções repentinas de água a 3 metros de altura desintegram-se, formando duas ondas que rebentam no final dos 2 canais longitudinais. Revestidos a azulejos policromáticos de diversos tamanhos, cujas cores vão do vermelho vivo ao verde passando por uma serie de tonalidades intermédias, foram elaborados pela viúva Lamego.”

De cada conjunto fazia parte um vulcão, um espelho de água revestido a pedra preta e os dois canais longitudinais com um sistema fabuloso em que criava ondas e que rebentavam nos topos desses canais com um método muito simples que copiava o sistema das ondas do mar quando chegam à praia.

Todo o sistema era iluminado e tinha um efeito estético incrível.

Neste momento já nada funciona, houve momentos que a água surgiu novamente e as explosões regressaram mas agora não há explosões, não há água nos vulcões, os espelhos de água à volta dos vulcões secaram e estão rapidamente a degradar-se. As luzes estão apagadas e os revestimentos estão a partir-se. Será que desistiram? A Câmara desistiu de tratar destas fontes? A Junta não pressiona a Câmara para recuperar e manter estas joias herança da Expo´98?

Há muito tempo que as “ondas” dos canais não acontecem e o revestimento desses canais em azulejo estão a perder a cor devido ao cloro e ao tempo.

 

Pouca manutenção em peças tão apreciadas

 

Ainda vamos a tempo de recuperar todo o conjunto dos vulcões para que voltem a ser uma brincadeira para os mais novos e uma curiosidade para quem nos visita.

 

Espelhos de água à volta dos vulcões secaram e estão degradados