Palavras de 2022

Escrito por Diogo Freire de Andrade

 

O arquiteto terá de se adaptar a tanto desafio. Edifícios com bom desempenho energético e sustentáveis devem ser “o novo normal”.

 

Sustentabilidade

A palavra sustentabilidade entrou definitivamente no léxico de toda a gente.

É uma palavra transversal a toda a sociedade, passando pelas questões sociais, energéticas, económicas e ambientais.

Também no imobiliário este tema é fulcral quando se sabe que os edifícios são responsáveis por 36% das emissões totais de gases de efeito de estufa e por 40% dos consumos energéticos da União Europeia.

É responsabilidade dos arquitetos que a conceção dos edifícios seja adequada ao local e ao clima. Vai ser obrigatória a descarbonização total dos edifícios de habitação, de escritórios ou comerciais, a eficiência energética, a eficiência hídrica e a economia circular já são essenciais no sentido de contribuírem para a melhoria do desempenho energético e ambiental dos edifícios.

Os novos edifícios terão de consumir muito pouca energia e a que é usada terá de ser energia renovável local e não podem emitir carbono já em 2030.

O arquiteto terá de se adaptar a tanto desafio. Edifícios com bom desempenho energético e sustentáveis devem ser “o novo normal”.

Lembro a AGENDA 2030 da ONU com 17 objetivos com metas para o desenvolvimento sustentável a níveis sociais, económicos e ambientais, o objetivo 11º.Cidades e Comunidades Sustentáveis tem metas muito exigentes:

_ Aumentar a urbanização inclusiva e sustentável;

_ Reduzir o impacto ambiental negativo, em especial atenção à qualidade do ar e gestão de resíduos municipais;

_ Apoiar os países menos desenvolvidos, inclusive por meio de assistência técnica e financeira, para construções sustentáveis e resilientes, utilizando materiais locais.

As cidades ocupam apenas 3% do território da Terra mas consomem aproximadamente 80% da energia e representam cerca de 75% do desperdício e das emissões de carbono. Estima-se que em 2050 quase 85% dos europeus vivam em áreas urbanas.

Está nas nossas mãos mudar o que parece inevitável!